Morreu esta tarde, na sequência de um ataque cardíaco, no Cairo", disse Steve Kenis. O ator, de 83 anos, que nasceu no Egito, estava internado num hospital para pacientes com Alzheimer, acrescentou.
Sharif começou a atuar na década de 1950 e tornou-se mundialmente
conhecido no papel de um líder árabe aliado de Peter O'Toole (T.E.
Lawrence) no filme de David Lean 'Lawrence of Arabia' (1962). O papel
de protagonista surgiu em 'Doutor Jivago' (1965), também de David
Lean, uma adaptação do romance de Boris Pasternak, passado durante
a Revolução Russa. 'Golden Globe' Com 'Lawrence da Arábia' ganhou
o prémio 'Golden Globe' para melhor ator secundário e foi nomeado
para o Óscar de melhor ator secundário. Com 'Doutor Jivago'
conquistou o 'Golden Globe' para melhor ator. Foi Genghis Khan e Che
Guevara e participou em filmes tão diferentes como 'Mayerling'
(1968) de Terence Young, 'Funny Girl' (1968) de William Wyler, ao
lado de Barbra Streisand, ou 'Os Possessos' (1988) de Andrzej Wajda.
Depois de um Leão de Ouro no Festival de Veneza, em 2003, pelo
conjunto da sua carreira, Sharif recebeu o César em 2004 para Melhor
Ator em 'Monsieur Ibrahim et les fleurs du Coran' de François
Dupeyron, no qual interpreta um velho merceeiro árabe que se torna
amigo de um jovem judeu.
Família libanesa Nasceu Michel Demitri
Chalhoub a 10 de abril de 1932, em Alexandria (norte do Egito), numa
família de origem libanesa e cristã (da igreja católica
greco-melquita). Licenciou-se em matemática e física na
Universidade do Cairo, antes de se mudar para Londres para estudar na
Royal Academy of Dramatic Art. Casou em 1954 com a estrela egípcia
Faten Hamama, depois de se converter ao islamismo. O casal teve um
filho, Tarek, e separou-se em 1956.
Poliglota, Omar Sharif viveu
sobretudo em França, nos Estados Unidos e em Itália. Já doente de
Alzheimer, regressou ao Cairo. Exímio jogador de bridge, escreveu
livros sobre este jogo de cartas.